Dentre as doenças respiratórias que mais causam adoecimento e morte em todo o mundo, a tuberculose (TB) está intimamente relacionada aos pacientes reumáticos, principalmente pela imunossupressão causada pelos medicamentos imunossupressores, que aumentam o risco de infecção e reinfecção por TB justamente por suprimirem o sistema imune.
Entre as manifestações da TB estão a artrite tuberculosa, a espondilite tuberculosa, a osteomielite e a doença de Poncet. Já falamos sobre elas aqui no blog.
Outras manifestações pulmonares estão relacionadas ao curso da doença de base, principalmente da Artrite reumatoide, do Lúpus, da Esclerose sistêmica, da Espondilite anquilosante, da Síndrome de Sjögren, da Poliomiosite.
O mais frequente nessas doenças é começarem pelas articulações e/ou pela pele para, mais tarde, atingirem o pulmão. Porém, há casos em que o pulmão é o primeiro órgão acometido e uma investigação detalhada dos sintomas respiratórios é que vai permitir o diagnóstico de uma doença reumática.
Quando o pulmão é acometido por uma dessas doenças, podem ser atingidos os brônquios (alteração chamada de Bronquiolite), os alvéolos na forma de cicatrização excessiva (Fibrose pulmonar), a pleura (Derrame pleural), além do surgimento de Hipertensão pulmonar, Nódulos e Cistos.
Os pacientes com acometimento pulmonar podem apresentar sintomas dermatológicos e reumatológicos, associados a sinais respiratórios. Nesse caso, os principais sintomas são dor nas articulações, variados tipos de lesões de pele, tosse seca persistente, falta de ar e dor ao respirar.
A boa notícia é que essas alterações pulmonares podem ser tratadas. O tratamento consiste, basicamente, na administração de medicamentos que visam inibir os agentes que estão atacando o organismo do paciente. Para isso, o acompanhamento médico é fundamental para que o profissional possa monitorar o paciente e prestar auxílio o mais rápido possível.
