O Fator de necrose tumoral alfa (TNF-α) é uma potente citocina pró-inflamatória que exerce múltiplos efeitos sobre diferentes tipos de células, desempenhando papel central na origem de doenças inflamatórias, por exemplo, participando na indução da dor e amplificando a resposta inflamatória aguda.
Por essa razão, bloquear o TNF tornou-se importante no tratamento de doenças inflamatórias, de modo a conter a atividade de doenças como Artrite reumatoide, Psoríase, Doença de Crohn, entre outras.
Surgiram, assim, agentes biológicos anti-TNF (também denominados bloqueadores do TNF). Atualmente, existem cinco deles aprovados no Brasil:
- Adalimumabe, um anticorpo monoclonal 100% humano. Indicações: Artrite reumatoide, Artrite reumatoide juvenil, Artrite psoriásica, Espondiloartrites.
- Certolizumabe pegol, um fragmento de um anticorpo anti-TNF humanizado com duas moléculas de polietilenoglicol, isto é, com 5% a 10% de proteína animal. Indicações: Artrite reumatoide, Artrite psoriásica, Espondiloartrites.
- Etanercepte, uma proteína de fusão. Indicações: Artrite reumatoide, Artrite reumatoide juvenil, Artrite psoriásica, Espondiloartrites.
- Golimumabe, anticorpo monoclonal humano. Indicações: Artrite reumatoide, Artrite psoriásica, Espondiloartrites.
- Infliximabe, um anticorpo monoclonal quimérico, isto é, com 25% a 30% de proteína animal. Indicações: Artrite reumatoide, Artrite psoriásica, Espondiloartrites.
Com exceção do Infliximabe, de uso endovenoso, os agentes biológicos anti-TNF são medicações de uso subcutâneo, isto é, por injeções.
O TNF é também fundamental na defesa contra microorganismos intracelulares, como a Micobacterium tuberculosis (bactéria que causa a tuberculose) e na vigilância antitumoral. Portanto, seu bloqueio impede sua ação antimicrobiana, o que está associado a um maior risco de infecções. Por essa razão, deve-se estar muito atento(a) a essa questão durante o tratamento com um anti-TNF, principalmente em relação a possível infecção pelo vírus da tuberculose.
