Bisfosfonatos são medicamentos sintéticos antirreabsortivos, isto é, têm a função de reduzir a reabsorção óssea excessiva ao promoverem a diminuição da atividade e/ou do número de osteoclastos.
Essas drogas vêm sendo utilizadas no tratamento da Osteoporose e das alterações do metabolismo ósseo associadas ou não a neoplasias, tais como hipercalcemia maligna, mieloma múltiplo, Doença de Paget e metástases ósseas.
Podem ser classificados em dois grupos, de acordo com seu modo de ação: aqueles que se assemelham ao pirosfato, que é um inibidor natural da reabsorção óssea, e aqueles que contém nitrogênio.
Estão aprovados para o tratamento da Osteoporose os nitrogenados Ácido Zoledrônico (ou Zoledronato), o Alendronato de Sódio, o Ibandronato de Sódio e o Risedronato de Sódio, todos com resultados muito semelhantes, de acordo com os médicos, em termos de ganho de massa óssea e na redução do risco de fraturas vertebrais e não vertebrais.
A absorção dos Bisfosfonatos é considerada baixa (1 a 3%), o que pode ser prejudicado também pela ingestão conjunta de alimentos que contém cálcio, ferro, café, chá e suco de frutas. Por essa razão, a ingestão de Bisfosfonatos deve ser feita em jejum, com um copo de água, e a ingestão de alimentos só deve ser feita após um intervalo de, pelo menos, 30 minutos.
Os Bisfosfonatos são, de modo geral, bem tolerados pelos pacientes, mas cerca de 10% deles podem apresentar sintomas relacionados à esofagite, inflamação da mucosa do esôfago, órgão muscular que desce pelo tórax, na frente da coluna vertebral, e transporta os alimentos da boca até o estômago. Outras reações adversas podem incluir osteonecrose de mandíbula e insuficiência renal.
Referências
CHAVES, Rômulo Augusto da Costa et al. Bifosfonatos e Denosumabe: mecanismos de ação e algumas implicações para a implantodontia. Revista Brasileira Multidisciplinar - ReBraM, vol. 21, n. 2, 2018. Disponível em: http://www.revistarebram.com/index.php/revistauniara/article/view/483. Acesso: 12/07/20.
PEREIRA, Rosa Maria Rodrigues et al. Osteoporose. In: Livro da Sociedade Brasileira de Reumatologia. Barueri (SP), Manole, 2019, p. 487-499.
