Sulfassalazina

A Sulfassalazina é um fármaco anti-micróbios, também indicada para o tratamento de algumas doenças reumáticas: Artrite reumatoide; Artrite reativaEspondilite anquilosante; Retocolite ulcerativa inespecífica e doença de Crohn.

Tem por objetivo diminuir a dor e o inchaço da artrite, evitar danos nas articulações e reduzir o risco de incapacidade a longo prazo, mas não deve ser tomado por pessoas alérgicas à sulfa. É indicada, particularmente, aos pacientes que não podem tomar comprimidos simples em razão de intolerância gastrointestinal.


Quais as contraindicações?

  • Pessoas com obstrução urinária ou intestinal não devem usar o medicamento. 
  • Pacientes com porfiria não devem receber Sulfassalazina, pois há relatos de que sulfonamidas podem precipitar um ataque agudo.
  • Não foi estabelecida a segurança e eficácia da droga em crianças com idade inferior a 2 anos.


Algumas advertências 

  • Pacientes com insuficiência hepática, renal ou com discrasias sanguíneas (alterações nas propriedades ou na quantidade de um ou mais dos componentes do sangue: glóbulos brancos, glóbulos vermelhos e plaquetas) só devem usar o medicamento após uma avaliação cuidadosa;
  • Mortes associadas ao uso de sulfassalazina foram reportadas secundariamente a reações de hipersensibilidade (alergia grave), agranulocitose (ausência de glóbulos brancos), anemia aplástica (diminuição da produção de glóbulos brancos, glóbulos vermelhos e plaquetas), outras discrasias sanguíneas, insuficiência renal ou hepática, alterações musculares ou do sistema nervoso central irreversíveis e alveolite fibrosante (tecido pulmonar é substituído por tecido semelhante a uma cicatriz). 
  • A presença de dor de garganta, febre, púrpura (manchas roxas) ou icterícia (cor amarelada da pele) podem ser sugestivas de problemas hematológicos sérios. Hemograma completo e análise de urina com exame microscópico devem ser realizados com frequência. 
  • Diminuição do número de espermatozoides e infertilidade foram observadas em homens em tratamento com Sulfassalazina. A interrupção do uso do medicamento pode reverter tais efeitos. 


Quais as precauções a serem tomadas antes e durante o tratamento?

Gerais 
  • O medicamento deve ser administrado com cautela em pacientes com alergia ou asma. 
  • A administração adequada de líquidos deve ser mantida de modo a prevenir a formação e eliminação de cristais na urina e a formação de cálculos. 
  • Pacientes com deficiência da enzima glicose-6 fosfato desidrogenase devem ser observados cuidadosamente quanto a sinais de anemia hemolítica (anemia por destruição dos glóbulos vermelhos na circulação). Esta reação é frequentemente relacionada à dose da sulfassalazina. O medicamento deve ser descontinuado imediatamente caso ocorram reações tóxicas ou alérgicas. 

Exames laboratoriais 
  • A progressão da doença inflamatória intestinal durante o tratamento deve ser avaliada tanto por critérios clínicos, incluindo a presença de febre, alteração de peso, grau e frequência da diarreia e sangramento, quanto por retosigmoidoscopia e biópsia para análise histológica. 
  • A determinação das concentrações plasmáticas de sulfassalazina pode ser realizada e concentrações superiores a 50 mcg/mL estão associadas com o aumento da incidência de eventos adversos. 
  • Pacientes em tratamento com Sulfassalazina devem realizar frequentemente exames de hemograma completo e análise urinária.

Gravidez e amamentação
  • Não há estudos adequados e bem controlados em mulheres grávidas, portanto, o produto somente deve ser usado se a avaliação médica concluir que é absolutamente necessário. 
  • Estudos sobre os efeitos da sulfassalazina no crescimento e desenvolvimento de crianças cujas mães receberam o medicamento durante a gravidez também não foram realizados. A sulfassalazina e a sulfapiridina atravessam a barreira placentária e a sulfapiridina tem potencial de causar icterícia (cor amarelada da pele) no recém-nascido. Um caso de agranulocitose (ausência de glóbulos brancos) foi relatado em criança cuja mãe tomou sulfassalazina e prednisona durante a gravidez.
  • Não se recomenda o uso do medicamento durante a amamentação pela possibilidade de excreção no leite materno e potencial de causar icterícia no recém-nascido. 

Idosos
  • Nos idosos, a possibilidade de ocorrência de reações adversas graves exige observação, avaliação cuidadosa do estado geral do paciente e controle frequente durante o tratamento.



Quais as possíveis reações adversas e efeitos colaterais?

  • Reações muito comuns: dor de cabeça; erupções na pele; náusea, vômito, desconforto abdominal, perda do apetite; redução reversível do número de espermatozoides.
  • Reações comuns: tontura; coceira, urticária; dor abdominal, feridas na boca; redução do número de glóbulos brancos e de plaquetas, anemia; alterações em exames que refletem a função do fígado (como TGO, TGP); coloração azulada da pele devido à baixa oxigenação do sangue; febre.
  • Reações incomuns : anemias (diminuição da produção de glóbulos brancos, glóbulos vermelhos e plaquetas); agranulocitose (ausência de glóbulos brancos); leucopenia (redução do número de glóbulos brancos); púrpura (manchas roxas); trombocitopenia (redução do número de plaquetas); redução de alguns fatores da coagulação; neutropenia (redução do número de neutrófilos) congênita; síndrome mielodisplástica (doença da medula óssea que diminui a formação dos componentes do sangue); eritema multiforme; dermatite esfoliativa; necrólise epidermal com comprometimento da córnea; pneumonite; vasculite; pleurite; pericardite; miocardite; poliarterite nodosa; síndrome semelhante ao lúpus; hepatite ou necrose hepática; artralgia; necrose muscular; fotossensibilização; edema periorbital; queda de cabelo; hepatite; pancreatite; diarreia sanguinolenta; enterocolite com redução no número de neutrófilos; mielite transversa (inflamação da medula espinhal); convulsões; meningite; lesões transitórias da coluna espinhal posterior; distúrbios dos nervos periféricos; depressão; vertigem; perda da audição; insônia; alterações da marcha; alucinações; sonolência; redução do volume urinário; nefrite; perda de sangue e de proteínas na urina; cristalúria (presença de cristais na urina); síndrome hemolítico-urêmica (anemia com insuficiência renal).


E sobre as interações com outros medicamentos?

  • Diminuição das concentrações plasmáticas de digoxina, ácido fólico e metilfolato;
  • Aumento do risco de sangramentos com heparina (incluindo heparina de baixo peso molecular);
  • Aumento da hepatotoxicidade (toxidade no fígado) do metotrexato;
  • Aumento do risco de metahemoglobinemia com prilocaína, óxido nítrico e nitrito sódico.








Resumo a partir da Bula de Azulfin® (Sulfassalazina), Apsen Farmacêutica S.A., disponível no Bulário eletrônico Anvisa: http://portal.anvisa.gov.br/bulario-eletronico1 e publicada em 05/02/2020.