Metotrexato

O Metotrexato foi sintetizado na década de 40; nos anos 50, foi aprovado como droga antineoplásica (anti-cancerígena) e foi descoberto seu sucesso terapêutico em pacientes com Artrite reumatoide e com Psoríase.

Na Artrite reumatoide, é indicado no manejo de adultos com a doença ativa de moderada a grave, com o objetivo de reduzir os sintomas da inflamação. Geralmente, durante o tratamento, será associado à terapia com agentes anti-inflamatórios não-esteroidais (os AINES) ou corticosteroides. Pacientes resistentes à essa terapia inicial podem receber Metotrexato conjuntamente com drogas biológicas antirreumáticas modificadoras da doença (os bDMARD)

Está indicado também para outras doenças reumáticas: 
  • Artrite Psoriásica
  • Polimialgia reumática
  • Dermatomiosite e Polimiosite
  • Doença de Chron
  • Lupus eritematoso sistêmico
  • Esclerose sistêmica
  • Espondilite anquilosante.


Para quem o medicamento não está indicado?

Metotrexato é contraindicado para:
  • grávidas ou mulheres que possam ficar grávidas durante o tratamento;
  • mulheres que estejam amamentando;
  • pessoas com evidência clara de comprometimento do sistema imunológico;
  • pessoas com disfunção grave no fígado ou rins;
  • pessoas com alterações nas células sanguíneas, como redução das contagens de glóbulos brancos, vermelhos e plaquetas.


Quais as advertências gerais?

  • A gravidez deve ser evitada se o(a) parceiro(a) estiver recebendo Metotrexato: 
    • para homens, durante o tratamento e, pelo menos, por um período mínimo de 3 meses após o tratamento; 
    • para mulheres, durante o tratamento e, pelo menos, por um ciclo ovulatória após o tratamento. 
  • Metotrexato tem alto potencial de toxidade, geralmente relacionado a doses elevadas. A maioria das reações adversas é reversível, desde que detectadas no início. Por isso, o(a) paciente deve procurar um médico imediatamente caso ocorram sinais e sintomas de toxidade, pois será preciso um acompanhamento cuidadoso, incluindo realização de exames laboratoriais periódicos juntamente com um medicamento capaz de reduzir essa toxidade. 
  • Antes do início do tratamento, é recomendável fazer exames como hemograma, contagem de plaquetas, enzimas hepáticas, avaliação da função renal e raios X de tórax. Na terapia da artrite reumatoide e psoríase, a monitoração desses parâmetros é recomendada, com exames hematológicos pelo menos uma vez por mês e avaliação da função renal e hepática a cada 1 ou 3 meses.
    • anormalidades persistentes nesses exames e/ou diminuição das concentrações plasmáticas de albumina podem ser indicadores de toxicidade hepática grave, por isso requerem avaliação. 
    • avaliação de função pulmonar pode ser útil caso haja suspeita de doença pulmonar induzida pelo medicamento. 
    • em consequência da diminuição da função hepática e renal, como também menores depósitos de folatos na população idosa, doses relativamente baixas devem ser consideradas e esses pacientes devem ser cuidadosamente monitorados quanto a sinais prematuros de toxicidade.  
  • Com o uso de doses muito elevadas pode ser necessário que o paciente receba hidratação.


Quais as possíveis reações adversas e efeitos colaterais do medicamento?

  • Reações muito comunsdor de cabeça intensa; rigidez na nuca,; vômitos, náusea; diarreia; febre; vermelhidão na pele; aumento do ácido úrico; redução no número de espermatozoides; úlceras na boca,; inflamação na língua e na gengiva; redução na contagem de glóbulos brancos e plaquetas; insuficiência renal; faringite.
  • Reações comuns: inflamação dos vasos cardíacos; vertigem; mal-estar; febre; calafrios; queda de cabelo; sensibilidade à luz,; despigmentação ou hiperpigmentação da pele; coceira; dermatite; diabetes; cistite; hemorragia; cirrose; aumentos de enzimas hepáticas; dor nas articulações; embaçamento visual.; disfunção renal, manifestada pelo aumento repentino na creatinina no sangue e na queda do volume urinário (mais comum com altas doses de metotrexato); inflamação no pulmão, associada à febre, tosse e infiltrado intersticial; infecções.
  • Reações incomuns: confusão mental; paralisias; cegueira transitória; coma; síndrome respiratória aguda; redução do número de glóbulos brancos; choque anafilático; arritmia cardíaca; trombose arterial; acidente vascular cerebral; trombose; inflamação no intestino; sangramento gastrointestinal; aumento das mamas em homens; insuficiência hepática; pressão baixa; impotência; infertilidade; perfuração intestinal; linfoma; angina; perfuração do septo nasal; osteoporose; pancreatite; pericardite; embolismo pulmonar; insuficiência respiratória; convulsões; ulceração na pele e desmaios.

E as interações com outros medicamentos?

  • Deve-se tomar cuidado quando anti-inflamatórios e salicilatos são administrados juntamente a doses mais baixas de Metotrexato.
  • Antibióticos orais, tais como tetraciclinas, cloranfenicol e outros antibióticos podem diminuir a absorção intestinal do Metotrexato.
  • Preparações vitamínicas contendo ácido fólico ou seus derivados podem diminuir a resposta ao Metotrexato.
  • Estados de deficiência de folato podem aumentar a toxicidade do Metotrexato. Raramente, a combinação de trimetoprima/sulfametoxazol aumenta a depressão da medula óssea em pacientes recebendo Metotrexato.






    Resumo a partir da Bula de Metrexato® (Metotrexato de sódio), Blau Farmacêutica S.A., disponível em: Bulário eletrônico Anvisahttp://portal.anvisa.gov.br/bulario-eletronico1