Cloroquina

O Difosfato de Cloroquina, ou simplesmente Cloroquina, é um fármaco destinado ao tratamento da malária e da amebíase hepática, além de indicado para o tratamento da Artrite reumatoideLúpus (sistêmico e discoide), na Sarcaidose e nas doenças de fotossensibilidade como a porfiria cutânea tardia e as erupções polimórficas graves desencadeadas pela luz. 

Atualmente, há estudos que tentam estabelecer a hidroxicloroquina como tratamento à zika e ao covid-19, mas nada ainda conclusivo.


Quais as contraindicações?

Cloroquina é contraindicado:
  • para pacientes com alergia à Cloroquina ou qualquer outro componente da fórmula;
  • para pacientes que apresentem alterações na retina em utilização prévia do medicamento;
  • para pacientes que fazem uso dos seguintes medicamentos: aurotioglicose, cepridil, cisaprida, gemifloxacino, amiodarona, halofantrina, isoflurano, mesoridazina, pimozida, terfenadina, tioridazina, ziprasidona, digoxina, ciclosporina, cimetidina, proguanil, fenilbutazona, mefloquina, penicilina, heparina, clorpromazina e também com medicamentos utilizados para o tratamento de convulsões e ou epilepsia;
  • para pacientes com epilepsia ou miastenia gravis;
  • para pacientes com psoríase ou outra doença esfoliativa, devido às reações graves que pode provocar; 
  • para pacientes com porfiria cutânea tardia;
  • para pacientes com problemas graves no fígado (insuficiência hepática avançada);
  • para portador de deficiência de glicose-6-fosfatodesidrogenase; 
  • no tratamento da malária por Plasmodium falciparum em zonas onde existe resistência à Cloroquina.

Quais as advertências gerais e precauções a serem tomadas antes e durante o tratamento?

  • Caso haja disfunção no fígado e ou alteração envolvendo os elementos celulares do sangue (glóbulos vermelhos, glóbulos brancos e plaquetas) e em caso de alcoolismo, o médico deverá ser informado antecipadamente ao tratamento. 
  • Caso haja quaisquer sinais ou sintomas que possam indicar presença de angioedema, tais como inchaço da face, pálpebras, lábios, língua, laringe e extremidades, assim como dificuldade para engolir ou respirar, ou rouquidão, deve-se interromper o uso de Cloroquina e informar imediatamente ao médico.
  • Caso haja ocorrência de distúrbios visuais, deve-se interromper o uso do medicamento, pois há risco de cegueira definitiva. 
  • A cloroquina é um fármaco que apresenta estreita margem de segurança e uma dose única de 30 mg/kg pode ser fatal. A demora no tratamento pode provocar consequências graves e até mesmo fatais.
  • A segurança no uso de Cloroquina durante a gravidez ainda não está definitivamente estabelecida. O uso prolongado para tratamento de Lúpus pode acarretar danos graves em nascidos de mães utilizand doses de 250 mg, 2 vezes ao dia. Nas doses recomendadas para malária não são observados danos ao feto. A excreção no leite materno parece ser pequena, portanto, informe ao médico se estiver grávida, amamentando ou se iniciar amamentação durante o uso do medicamento.
  • Durante o tratamento, deve-se evitar exposição excessiva ao sol. 
  • O/A paciente não deve ingerir bebida alcoólica durante o tratamento, pois pode aumentar a toxicidade no fígado.
  • Viajantes, apesar de terem feito tratamento prévio, podem contrair malária. 
  • Pacientes que recebem tratamento com Cloroquina em altas doses e por longo prazo devem ser submetidos às avaliações oftalmológicas e neurológicas a cada 3 ou 6 meses. Contagens hematológicas também devem ser realizadas periodicamente, em pacientes com uso contínuo. 
  • É recomendável evitar atividades que exijam atenção, como dirigir e operar máquinas, durante o tratamento e até cinco dias após o término do tratamento, pois a Cloroquina pode alterar a visão e a consciência. Essa recomendação também vale para trabalho sem um apoio firme.


Quais as possíveis reações adversas e efeitos colaterais?

Reações comuns: dor de cabeça, enjoo, vômito, diarreia, dor na barriga, coceira, irritação, manchas avermelhadas na pele, visão turva e febre.

Reações incomuns: fadiga, nervosismo, ansiedade, insensibilidade, coloração azul-escura da boca, pele e unhas, branqueamento dos cabelos, queda de cabelos, erupções vermelhas na pele e opacidade da córnea, ataque agudo de porfiria e psoríase em pessoas susceptíveis.

Reações raras ou muito raras: confusão mental, convulsões, queda da pressão sanguínea, alterações no eletrocardiograma, visão dupla ou borrada, irritabilidade, agitação, agressividade, alteração da personalidade, depressão, inflamação do sistema nervoso e músculos, comprometimento do miocárdio, toxicidade cardiovascular, insuficiência hepática, hepatite, baixo nível de glóbulos brancos e plaquetas, anemia, insuficiência renal em pacientes com deficiência de glicose-6-fosfato-desidrogenase, perda auditiva e fraqueza muscular.


E as interações com outros medicamentos?
  • Deve-se evitar o uso de Cloroquina em associação com medicamentos: antiácidos, aurotioglicose, cepridil, cisaprida, gemifloxacino, amiodarona, halofantrina, isoflurano, mesoridazina, pimozida, terfenadina, tioridazina, ziprasidona, digoxina, ciclosporina, cimetidina, proguanil, fenilbutazona, mefloquina, penicilina, heparina, clorpromazina, metotrexato, praziquantel e também com medicamentos utilizados para o tratamento de convulsões e ou epilepsia. 



Resumo a parti da Bula de Farmanguinhos cloroquina® (Difosfato de cloroquina), da Fundação Oswaldo Cruz / Instituto de Tecnologia em Fármacos (Farmanguinhos), disponível no Bulário Eletrônico Anvisa: http://portal.anvisa.gov.br/bulario-eletronico1 e publicada em 03/06/2019.